O volume de transacções na plataforma de apostas preditivas Polymarket atingiu um recorde de 116 milhões de dólares em julho, impulsionado principalmente pelas apostas nas eleições de 2024 nos EUA e no potencial regresso de Donald Trump à Casa Branca.
Este aumento de atividade ilustra o interesse crescente dos investidores nos mercados de previsões políticas, que oferecem uma alternativa às sondagens tradicionais para antecipar os resultados eleitorais. No entanto, estas plataformas também levantam questões sobre a regulamentação das apostas políticas.
Volumes recorde no Polymarket em julho
De acordo com os dados da empresa, a Polymarket registou um volume mensal recorde de 116 milhões de dólares em julho de 2024. Este desempenho representa um aumento de mais de 50% em relação ao mês anterior.
As apostas nas eleições presidenciais norte-americanas de 2024 foram o principal motor deste crescimento. Os investidores fizeram apostas maciças sobre um possível regresso de Donald Trump à Casa Branca, alimentando uma forte atividade nestes mercados de previsões.
O atrativo dos mercados de previsões políticas
Os mercados de previsões políticas, como o Polymarket, oferecem uma alternativa às sondagens tradicionais para antecipar os resultados eleitorais. Ao permitir que os utilizadores apostem no resultado das eleições, estes mercados fornecem uma medida do “sentimento do mercado” que pode ser mais fiável do que as sondagens de opinião.
Esta atração aumentou nos últimos anos, com o aparecimento de plataformas de apostas preditivas que utilizam a cadeia de blocos. Estes mercados são considerados mais transparentes e menos susceptíveis de manipulação do que as sondagens tradicionais.
Os desafios da regulamentação das apostas políticas
No entanto, o aumento dos mercados de previsões políticas também levanta questões sobre a sua regulamentação. Há quem receie que estas plataformas possam tornar-se veículos de desinformação e de manipulação eleitoral, ao encorajarem as apostas em resultados contestados.
Estão em curso esforços para regulamentar estas actividades, nomeadamente nos Estados Unidos, onde a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) publicou recentemente orientações sobre os mercados de previsões políticas. Mas os desafios regulamentares continuam a consistir em encontrar o equilíbrio correto entre a liberdade de expressão e a integridade eleitoral.