O G7 e um grupo de 3 países, conhecido como o “Triunvirato”, estão envolvidos numa luta pela influência sobre o sistema monetário internacional. Por um lado, os países do G7 estão a tentar manter a supremacia do dólar americano. Por outro lado, a Rússia, a China e o Irão, conhecidos como o “Triunvirato”, estão a trabalhar para destronar o dólar e impor novas regras ao comércio mundial.
As armas do G7 para defender o dólar
Perante a ascensão do poder do Triunvirato, o G7 dispõe de um certo número de trunfos para defender o lugar do dólar. Em primeiro lugar, o dólar continua a ser a moeda de referência do comércio e das finanças internacionais. Os países do G7 podem também apoiar-se nas instituições financeiras que controlam, como o FMI e o Banco Mundial, para sancionar os países recalcitrantes.
Além disso, o G7 tem a vantagem de possuir um sistema financeiro profundo e líquido, o que tranquiliza os investidores. Os países do Triunvirato ainda estão a lutar para oferecer uma alternativa credível ao dólar. Por último, o G7 pode contar com o apoio de muitos países em desenvolvimento que, apesar das suas críticas, continuam dependentes do sistema financeiro dominado pelo dólar.
As armas do Triunvirato para destronar o dólar
Para destronar o dólar, o Triunvirato está a contar com várias alavancas. Em primeiro lugar, a Rússia e o Irão, sob sanções ocidentais, procuram eliminar o dólar das suas trocas comerciais. Apoiam-se, nomeadamente, no sistema de pagamento SPFS russo e na moeda única dos BRICS, atualmente em desenvolvimento.
A China, por seu lado, está a promover ativamente a internacionalização do yuan. Assinou acordos de swap com muitos países e está a encorajar a utilização do yuan no comércio internacional. Pequim espera, deste modo, minar progressivamente o domínio do dólar. O Triunvirato aposta também na criação de novas instituições financeiras alternativas, como o Banco Asiático de Investimento em Infra-estruturas (AIIB) e a Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD).