Os advogados de Sam “SBF” Bankman-Fried, antigo diretor executivo da FTX, manifestaram a sua indignação face à pena máxima proposta de 50 anos de prisão, qualificando-a como uma visão “medieval” da punição que não reflecte corretamente a gravidade dos seus actos.
Uma frase exagerada
Em 19 de março, os advogados Marc Mukasey e Torrey Young enviaram uma carta ao juiz Lewis Kaplan em resposta à proposta de sentença do governo de 15 de março, descrevendo a medida como uma distorção da realidade destinada a apoiar uma narrativa preconcebida de perda e a retratar Sam Bankman-Fried como um “supervilão depravado”.
Argumentos a favor de uma pena reduzida
No seu pedido de uma sentença mais branda, os advogados apresentaram vários argumentos, incluindo a ausência de perdas reais, a deturpação da ganância de Bankman-Fried, os seus esforços filantrópicos e o seu estilo de vida supostamente modesto. Contestaram igualmente a avaliação do risco de reincidência e criticaram as alegações não fundamentadas do Governo.
A defesa contra a imagem do “super-vilão
Os advogados insistiram que o facto de Bankman-Fried ser retratado como um monstro que necessita de justiça não se justifica. Sublinharam as perdas pessoais e profissionais significativas que ele sofreu e propuseram uma redução da sua pena para cerca de cinco a seis anos e meio de prisão.
Conclusão
O caso põe em evidência as complexidades da justiça na era digital e levanta questões sobre a proporcionalidade das penas para os crimes financeiros. Enquanto o debate prossegue, a comunidade aguarda a decisão final do juiz, que poderá ter repercussões significativas no sector das criptomoedas e não só.