A Alemanha, outrora um dos maiores detentores de bitcoin do mundo, parece estar a vender gradualmente as suas reservas. De acordo com dados de blockchain, a carteira do governo alemão contém agora apenas 9.000 bitcoins, contra quase 50.000 BTC no início do ano.
Esta queda substancial das participações alemãs em bitcoin levanta questões sobre o potencial impacto destas vendas no mercado da principal criptomoeda.
A liquidação de bitcoins apreendidos pela Alemanha
O governo alemão começou a liquidar as suas reservas de Bitcoin no início de 2024. Estas bitcoins tinham sido apreendidas aos operadores do sítio Movie2k.to em 2013.
Desde então, a Alemanha vendeu gradualmente uma grande parte destas bitcoins, reduzindo a sua carteira de quase 50 000 BTC para apenas 9 000 BTC atualmente. Esta venda maciça exerceu, sem dúvida, uma pressão descendente sobre o preço da bitcoin nos últimos meses.
O impacto potencial no mercado do bitcoin
A liquidação das bitcoins detidas pela Alemanha está a suscitar preocupações quanto ao seu impacto no mercado das criptomoedas. Com quase 9 mil milhões de dólares de bitcoins ainda por vender, a pressão de venda poderá continuar a pesar sobre os preços.
Alguns analistas acreditam que estas vendas já contribuíram para a recente queda do preço da bitcoin, que perdeu quase 20% do seu valor num mês. No entanto, o fim deste programa de vendas poderá trazer algum alívio ao mercado de futuros.
Os desafios geopolíticos das participações em bitcoin
Para além do impacto no mercado, a liquidação alemã de bitcoins levanta também questões geopolíticas. Alguns observadores consideram que é um “erro estratégico” para um Estado vender as suas participações em bitcoins a favor de moedas fiduciárias.
Como a bitcoin é mais difícil de adquirir do que a moeda tradicional, alguns acreditam que a Alemanha deveria manter as suas reservas de bitcoin em vez de as vender. Tal poderia conferir-lhe uma vantagem geopolítica a longo prazo.